Os rumores sobre a origem da escultura num recanto do Santuário de Nossa Senhora do Porto d'Ave fizeram eco na Universidade do Minho, e uma equipa de mestrados em arqueologia iniciou há cerca de um ano uma investigação sobre a data e origem desta invulgar obra de arte. A particularidade que despertou a curiosidade dos arqueólogos, deve-se ao facto desta escultura não ser de cariz religioso e de certa forma estar desenquadrada com toda a zona que a envolve.
E os resultados da investigação não podiam ser mais surpreendentes e já está oficialmente confirmado que esta escultura de cerca de um metro e meio de altura que encentra um lago octogonal bem no coração do Santuário de Nossa Senhora do Porto d'Ave, e que até aos nossos dias passou despercebida para tantas pessoas, remonta ao sec. III a.C. e a sua origem é Celta, o povo que ocupava parte da Península Ibérica antes das invasões cartaginesas e romanas, ficando por concluir neste estudo se ela existia naquele local desde a data da sua criação, há mais de dois milénios, ou se foi deslocada de outro local aquando a construção do Santuário.
Este achado, ainda mais surpreendente por se tratar duma peça exposta num local público, é quase inédito na Península Ibérica, uma vez que na sequência da destruição e pilhagens durante as ocupações romanas, muçulmanas e sobretudo napolitanas, sobraram poucas obras de arte que merecem a nossa admiração, o que torna ainda mais raro este monumento que já está a beneficiar de maior reverência após a publicação da conclusão deste estudo e atrairá certamente ainda mais visitantes ao Santuário de Nossa Senhora do Porto d'Ave.
Estes resultados despertaram a curiosidade de outros estudiosos de arte não apenas de Portugal como também de varias partes do planeta, que já manifestaram intenção em investigar de forma pormenorizada a origem de outras esculturas e também pinturas que se encontram no santuário de Nossa Senhora do Porto d'Ave. Sabe-se também que o Tecto da Sacristia deixou incrédulos alguns destes visitantes que já avançaram com investigações, pois acreditam que também esta maravilha que sendo certo nunca seria anterior ao sec. XVI, é mais antiga que o santuário e talvez terá sido deslocada de outro monumento para aquele local, e poderá ser de enorme interesse cultural não apenas pela sua antiguidade mas sobretudo se as suspeitas sobre o seu autor se revelarem uma realidade, e o nome Caravaggio foi várias vezes murmurado pelos historiadores enquanto olhavam para o alto maravilhavamdo-se com aquela deslumbrante pintura sobre madeira!!!
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