sexta-feira, 29 de abril de 2011

Vamos Apoiar o Porto d'Ave

Seniores
G. D. Porto d'Ave *** G. D. Prado
Domingo, 01 de Maio, pelas 16.00 horas
No nosso Parque de Jogos

domingo, 24 de abril de 2011

Poema da Ressureição

É madrugada
há um silêncio no ar
por um instante, o soluço parou
a tristeza dormiu
e o pranto cessou!

Na barra do novo dia
brilha sorridente o sol da alegria.

O ventre da terra contraiu-se
a natureza gemeu em santo parto
reuniram-se todos os átomos
da força energética da vida...

O Pai é o parteiro presente
anjos e mulheres o auxiliam
os guardas, homens armados
cochilam frágeis e inofensivos.

Poderosos: sacerdotes, Herodes, Pilatos...
Com o remorso do crime no estômago, sofrem pesadelos.

O túmulo rompeu-se e a pedra rolou!

Eis que de pé,
vitorioso renasce Jesus!

Do infinito parto da Natureza e do Céu
ressurge livre, vencedor
o Filho Amado.
Ontem matado e enterrado.

Termina, enfim,
a teimosia cansativa entre o homem
e seu criador
alguns lençóis, placentas inúteis,
restos da morte
que agoniza faixas manchadas do pecado vencido.

Voam pelo ar, no chão em festa, feito jardim
por onde passeia sorridente
o jardineiro imortal.

Tudo é surpresa e espanto
tudo é certeza e encanto.

Os convidados e seguidores cantam alvíssaras
Maria, a mulher símbolo
suspira aliviada e segura
uma lágrima feliz terá corrido rápida
fazendo ponto final, no seu papel genial
por ela somos benditos também, quem não diria Amém?

Enquanto os filhos da morte
envergonhados, insistem em combater
de boca em boca, de casa em casa,
de nação em nação
corre veloz a notícia feliz:
"Jesus ressuscitou!!!"

Quem crê, saia depressa, correndo
atrás de Madalena, de Pedro, de João...

A vitória será sempre da VIDA!
E cada esforço, cada luta,
cada gota de sangue derramado
pela justiça não terá sido em vão...

A última palavra será: RESSURREIÇÃO!

sábado, 23 de abril de 2011

Páscoa em Porto d'Ave

À semelhança de anos anteriores os Escuteiros de Porto d'Ave simbolizaram a Páscoa na Praça da Músicas, e o resultado da imaginação e trabalho foi, sem surpresa, mais uma vez magnífico. Estão de parabéns todos que colaboraram na realização deste "monumento" que se por um lado demonstra o cariz religioso do Agrupamento de Escuteiros e de toda a população, mas importa realçar também a parte criativa, pois trata-se de uma verdadeira Obra de Arte.

sexta-feira, 22 de abril de 2011


«Tu morreste por nós na cruz da afronta
E o sangue derradeiro
Derramaste do alto do mad
eiro,
Jesus, filho de Deus, Deus Verdadeiro
Aos crimes do homem não lançaste a conta
Inocente cordeiro
Quando foste no alto do madeiro
Lavar com sangue o último e
o primeiro»

( Almeida Garret)


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Homenagem à Mindinha das Escolas

Na noite de um de Abril a Mindinha das Escolas de Porto d'Ave foi alvo duma homenagem com toda a comunidade envolvida numa festa animada que decorreu no Salão da Real Confraria.

Para falar da Mindinha com a justiça que ela merece este blogue não chegava. Naquela escola passaram centenas ou milhares de crianças e professores, e não é possível ouvir outra coisa que não sejam elogios onde se notam já algumas lágrimas fruto da saudade que já se começa a sentir.

Fica aqui um trabalho fotográfico feito pelas actuais professoras da Escola Primária, um dos pontos altos da noite e de seguida uma mensagem enviada pela Professora Antónia Pereira que não pode marcar presença na festa, mas que durante muitos anos partilhou o mesmo espaço com a Mindinha a quem cheia de orgulho chama de 'Colega'. Por fim também uma mensagem enviada para o blogue por Vitor Macedo, que ajuda a traduzir a grandeza humana que a Mindinha sempre distribuiu por todos que a rodeavam.

Momento em que a Alcina leu a Mensagem enviada pela Professora Antónia Pereira:

"Na impossibilidade de estar presente, solicito à organização deste encontro que transmita a seguinte mensagem:

Em plena actuação do Rancho Folclórico da nossa terra, apresentei numa festa a Minda como: “minha colega”. Reparei, porém, alguma perplexidade no rosto das pessoas que estavam à nossa volta. Expliquei, então, que trabalhávamos no mesmo edifício, com os mesmos alunos e professores. Éramos, portanto, companheiras do dia-a-dia, colegas de trabalho.
Quero, hoje, aqui testemunhar que conheço a Minda há mais de trinta anos e com ela convivi diariamente durante dezanove, tantos quantos os que trabalhei na Telescola de Porto d’ Ave.
Conheço-a muito bem. Posso afirmar que a Minda nunca foi “empregada das escolas” ou “funcionária” como, à época, se chamava à sua profissão.
A Minda foi, sempre, uma Grande Auxiliar Educativa e escrevo-o com letra maiúscula. Ela foi sempre o braço direito (e se calhar o esquerdo também), das professoras da Telescola em todas as iniciativas. Naquele tempo, não se valorizava o currículo, a avaliação, a nota…
A Minda trabalhava, incansavelmente, com entusiasmo, dedicação e sem quaisquer objectivos pessoais.
Quantas vezes, em situação de conflito, ela defendeu os alunos mais difíceis?! Quantas vezes executou tarefas que estão muito para além da sua profissão?! Ela era, e é, “pau para toda a colher”. Não contabilizava o tempo que dedicava à escola.
Contei sempre com ela para as festas que organizei na Telescola e até, mais tarde, nas actividades que implementei já na Escola EB 2 e 3 de Taíde.
É uma amiga que em tudo ajudava, para tudo estava sempre disponível, fosse dia ou noite, sábado ou domingo.
Marcou gerações, cujo exemplo está no carinho e admiração que os nossos filhos nutrem pela “Mindinha”.
É polivalente, criativa e lutadora.
Deu-se a todos, sem olhar a quem, quando e porquê. Faz da sua vida uma dádiva permanente. E fá-lo por atitude intrínseca à sua personalidade. Não é só uma questão de Fé.
Quero expressar, perante todos, a felicidade que sinto por ter trabalhado com um ser humano de tão elevada qualidade. E a si, Minda, quero declarar-lhe, mais uma vez, que a admiração e amizade que tenho por si, não cabem nas palavras que possa aqui utilizar. Exprime-se na força do sentido abraço que aqui lhe deixo.
Felicito a organização por esta homenagem que é inteiramente merecida.
E lembre-se, Minda, a amizade não tem direito a aposentação!"

Antónia Pereira

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Comentário enviado por Vitor Macedo:

Quando o nosso trabalho tem como principal objectivo a EDUCAÇÃO, tem como lema da produtividade AJUDAR A CRESCER, tem como lucro BOM RESULTADO ESCOLAR – SOCIAL – HUMANO, exige-se aos seus trabalhadores entrega total, exige alma nobre, exige sabedoria humana, exige humildade, exige AMOR, …

Perante estas exigências nem todos conseguem aguentar tal trabalho, que aos olhos de muitos parece fácil. Só alguém que é tão ESPECIAL é que aguenta durante tantos anos tantas e especiais exigências…

É esta a especialidade da nossa Minda, fazer de todos nós a sua vida, e nós dela fazemos parte da nossa vida.

A nossa AMIGA abraçou as exigências do seu trabalho com pureza e naturalidade, fez da escola a eterna escola de gerações.

Para a Mindinha foi mais um virar de página da sua vida onde muitas e boas recordações permanecerão no seu valioso livro da vida, agora já escreve mais linhas na nova pagina onde todos nós continuarão como personagens do seu coração GRANDE.

É assim a vida na nossa Terra…
somos apenas pessoas que gostamos de ser pessoas…
junto de GRANDES PESSOAS.

ass. Vitor Macedo

E agora apresento algumas fotos que não precisam de legendas para descrever em parte a linda e justa homenagem sempre num ambiente de alegria, à imagem que a Mindinha sempre nos transmitiu:



Nota: A Administração do Blogue agradece qualquer colaboração no sentido de aproximar este post da verdadeira grandeza humana da Mindinha.

Porto d'Ave Acorda Vestido de Branco

Na manhã de hoje Porto d'Ave acordou perante um enorme nevão e ninguém ficou indiferente a este fenómeno climatérico que deixou a nossa aldeia ainda com mais encanto. Apesar de o avistarmos a neve com regularidade em zonas muito próximas tantas vezes repetimos Invernos sem que os nossos Terreiros sejam palco de tão magnífico espectáculo, e desta vez a surpresa foi ainda maior por este episódio ter decorrido já depois da Primavera ter chegado.

É ainda bem cedo e já todos foram contagiados por uma grande alegria e as brincadeiras não escolhem idades. A zona envolvente do nosso Santuário já está invadida por uma tribo de bonecos de neve feitos por crianças e adultos, todos maravilhados com este manto branco com que a mãe natureza nos presenteou.E é num dia assim que nos recordamos dum lindo Poema de Augusto Gil, ele que viveu na encosta da Serra da Estrela e tantas vezes acordou perante a magia deste cenário maravilhoso.

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?

Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
. Há quanto tempo a não via!

E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…

E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,

primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!

Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação

entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

Augusto Gil